O parto do álbum de casamento

>> quinta-feira, 10 de novembro de 2011


E eis que um ano e dois meses depois do grande dia, finalmente, conseguimos escolher as fotos do álbum de casamento! 

Serei muito sincera com vocês: não foi fácil

Escolher 100, entre mais de 1500 fotos, foi alguma coisa entre um parto normal e um tratamento de canal, sem anestesia. Mas, se fazia necessário, né? Todo mundo pergunta sobre esse álbum e a gente fica com cara de pastel a cada vez que responde, "poxa, ainda não conseguimos escolher as fotos..."

Há duas semanas uma das tias do Rafa me mandou tomar vergonha na minha cara, sentar e escolher as benditas de uma vez. Fiquei com vergonha, puxei o marido pelo braço e avisei que a gente não sairia de casa por um fim de semana inteiro, até que as 100 fotos do álbum panorâmico and as 200 do álbum de provas estivessem escolhidas! Levamos o desafio à sério, quase rolou divórcio (brincadeira, gente! rs), mas escolhemos todas!

Mas, vamos lá, por que eu estou falando nisso? Por duas razões:

1- Já disse, é uma vergonha, é inconcebível que uma pessoa case e mais de um ano depois do casamento ainda não tenha escolhido as fotos do álbum! Pessoas, é o álbum de casamento! A maior lembrança que você vai ter daquele dia! Que vai mostrar pros filhos, netos e bisnetos! De verdade, me sinto assim ridícula. Depois que finalmente tomei vergonha na cara, como a dona Gláucia sugeriu que eu fizesse passei momentos lindos com o marido, revendo todas as fotos e revivendo aquele dia, enquanto definíamos as nossas prediletas. Foi muito bom lembrar os momentos de cada foto, rever pessoas que não encontramos desde o casamento, definir quais delas e que momentos iriam pro álbum (seria lindo poder colocar tudo, mas nem rola, infelizmente), o máximo!  Como é que eu "evitei" tanto passar por isso? Eu realmente devo ter problemas...

2- Tem uma questão delicada que envolve essa demora. Talvez, na posição de noiva, a maioria nem pense nisso. Não por maldade, I hope, mas porque realmente não passa pela cabeça da gente, que é: seu fotógrafo te passou um orçamento, sei lá, há 2 anos, quando você estava começando a planejar seu casamento e correndo contra o tempo pra chegar na frente e conseguir contratar o profissional que tanto queria. Naquela época a produção do álbum tinha um valor e, hoje, provavelmente, esse valor já mudou, aumentou. E acredite, esse aumento não depende da vontade dele. Claro que ele deve ter contado com um certo atraso da sua parte pra escolher as fotos. Mas, vamos combinar que um, dois, três anos, é atraso demais? Olha o absurdo que seria se, na hora de definir o preço, ele tivesse que levar em conta que você pode postergar essa escolha por 4 anos.

Eu considero gentil, já que a responsabilidade pelo atraso foi sua, que você converse com ele sobre isso, pergunte se houve alteração no valor e peça que ele repasse isso pra você. Pode ser até que ele nem repasse (apesar de eu, pessoalmente, achar muito justo que ele o faça), mas não é legal saber que uma pessoa que trabalhou tanto no seu casamento - e, principalmente, depois! - que deu o melhor dela pra que você tivesse fotos lindas desse dia tão importante, termine o trabalho com um prejuízo. Não é justo, né? 

Então, esse post é pra te pedir, encarecidamente, que não siga o nosso exemplo! Não leve tanto tempo pra definir o álbum! A Aline ainda nos ama porque é iluminada, mas imagina se não fosse? rs
Casou, recebeu o CD do fotógrafo? Então, senta, foca e escolhe logo essas fotos! Eu sei, eu sei, é complicaaaaado... Mas, pensa só, vai ser super legal receber aquele álbum lindão, pesadão, que vai ser sua melhor arma pra encher o saco de todo mundo, em todas as festas de família! :-)

P.S.: depois conto o critério que usamos pra definir o nosso, e falo também sobre a SUPER ajuda que a D.Aline nos deu em mais esse quesito. Aquela linda do meu coração.

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Asa Branca

>> segunda-feira, 26 de setembro de 2011


Toda vez que paro pra pensar no meu avô Lourival, três lembranças vem facilmente à minha cabeça. A primeira é de quando eu tinha cinco anos e estava internada com uma crise de artrite reumatóide juvenil, que me deixou meses no hospital. Em todas as visitas, sem exceção, meu avô me levava pão de queijo. Daqueles bem murchinhos, de padaria, que ele sabia que era o que eu mais gostava. Me passava o saquinho por debaixo da mesa para os médicos não verem e me fazia muito feliz!

Outra coisa que me lembro bem é que, certa vez, quando eu ainda estava internada, minha mãe não gostou de um banho de gelo que os médicos me deram pra baixar a febre. Ligou pro meu avô, disse que não queria que eu ficasse naquele lugar nem mais um minuto e que iria me arrancar de lá. Na mesma hora ele correu pro hospital e ajudou minha mãe com o "sequestro". Nunca vou esquecer aquela cena. Parece que foi ontem. 

Apesar de ser muito novinha, também me lembro de alguns momentos antes de tudo isso. Lembro que meu avô tinha um acordeon pelo qual era apaixonado, e passava muito tempo com ele tocando, entre outras coisas, Asa Branca, do Luiz Gonzaga. Aos domingos, era lei todos os filhos e netos passarem a tarde na casa dele. Minha avó fazia bolo de laranja, café de coador e a gente fazia a maior bagunça! E eles amavam aquilo! Brigavam com a minha mãe se ela brigasse com a gente! Não lembro de nenhum outro domingo que tenha sido mais gostoso do que aqueles, ao lado deles. Meus avós sempre foram as pessoas mais importantes dessa família. Sempre!

Quando o Alzheimer levou minha avó Izabel, meu avô foi morar com os filhos. Nessa época o Parkinson também já estava por aqui, bem lento e impiedoso, tirando ele de nós aos poucos. 
Ele era o último dos meus avós e foi embora no último sábado. Escolheu a primavera pra se despedir, claro, porque ele era esperto. E no lugar que era dele, agora ficam só as lembranças. Que são muitas, e que são lindas, mas que nunca serão suficientes para preencher o espaço vazio que ele deixou aqui. 

Eu tenho certeza que ele está mais feliz agora, sem dor ou sofrimento, e isso me basta. Ao invés de maldizer a vida, prefiro pensar que nesse momento ele está ao lado da avó Izabel, de quem sentia tanta falta, tocando Asa Branca enquanto ela rodopia o vestido, feliz por estar ao lado dele novamente, em algum lugar cheio de rosas amarelas, onde sempre é primavera. 

Mas eu sou humana. E seres humanos são, por vezes, muito egoístas. Então, me permita dizer que eu gostaria muito mais que ele pudesse ficar aqui pra sempre e usar esse espaço que até hoje só se leu felicidade, pra chorar um pouco a saudade do homem mais digno que já conheci. 

 

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Bodas de Papel!

>> terça-feira, 6 de setembro de 2011


Há exatamente um ano, eu assumia o compromisso mais importante da minha vida: fazer feliz o meu melhor amigo!


E todas as manhãs, quando ele me acorda com aquele sorriso mais lindo do mundo, tenho certeza de que estou no caminho certo. 
Todas as noites, quando olho ele dormindo, penso que não existe nenhum outro lugar no mundo onde eu gostaria mais de estar. Pro que der e vier!



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Todo o nosso ♥

>> terça-feira, 26 de julho de 2011


Como todo mundo que lê este blog já está cansado de saber, temos uma história muito grande de amor e gratidão por dois fornecedores desse casamento, em especial:

Um deles é a 3+1 Filmes. Sempre falamos muito bem, indicamos de olhos fechados e levantamos bandeira mesmo, sem o menor pudor! Ficamos muito felizes por saber que vários casais se inspiraram no nosso casamento para procurar o trabalho dessa equipe. E não é só pelo fato deles realizarem um trabalho extremamente delicado e bem feito, mas, principalmente, porque eles fazem tudo isso com muito amor. E, de fato, faz toda a diferença ter pessoas assim trabalhando no seu casamento.

Outra pessoa pela qual nutrimos uma paixonite eterna é a Aline Machado. Também não é só pelo trabalho perfeito que ela fez no nosso casamento. Menos ainda pela paciência, profissionalismo, ou por esse jeito que ela tem que faz todo mundo perceber a pessoa incrível que mora ali dentro só de olhar pra ela. Amamos a Aline - também, e entre outras coisas - porque ela foi muito mais do que esperávamos de uma boa fotógrafa. O antes, o durante, o depois, tudo foi incrível, leve e tranquilo com ela. Além disso, tem o fato de que foi ela a grande responsável pela 3+1 entrar no nosso casamento. Por tudo isso, não tem como não amar essa pessoa!

É engraçado que na lista de coisas que julgávamos importantes para o nosso casamento, o trabalho desses dois tenha ocupado o primeiro e o último lugar. O primeiro, indiscutivelmente, sempre foi a fotografia.
Felizmente, não foi como as coisas aconteceram, mas poderíamos ter nos casado em um lugar mais ou menos, fazer uma decoração mais ou menos, oferecer um buffet mais ou menos, e tudo estaria bem desde que as fotos, como registro das emoções daquele dia, fossem incríveis.

Por outro lado, o vídeo ocupava o último lugar da lista, porque a verdade é uma só: sempre achamos vídeo de casamento uma coisa muito chata, muito longa e muito, muito cafona. Pode ser porque, até então, a gente só tinha conhecimento dos vídeos de casamento "tradicionais", com horas de duração, que fazem os familiares e amigos fugirem da casa dos recém-casados ao longo dos primeiros 6 meses de união. Nunca, até poucos meses antes do nosso casamento, tínhamos assistido vídeos como os da 3+1 e de algumas outras empresas bacanas que - para a alegria geral das noivas e de seus amigos! - vimos surgir por aí nos últimos tempos. É até engraçado confessar isso agora, porque nesse momento percebemos que se o vídeo não existisse, estaríamos completamente arrasados!

Quando finalmente nos abrimos para essa possibilidade e percebemos que era possível fazer um vídeo de bom gosto, já era tarde demais. Não tínhamos mais tempo - e dinheiro muito menos - para contratar o vídeo de casamento. A solução foi fingir para nós mesmos que vídeo era uma coisa que não faria a menor diferença. Combinamos que SE sobrasse dinheiro, contrataríamos um. Se não sobrasse, tudo bem, seguiríamos com o plano inicial de não ter. E é óbvio que não sobrou dinheiro, né? Não tínhamos como  ultrapassar o limite de custos desse casamento e acrescentar mais esse item na lista, faltando tão pouco tempo.

Na semana do casamento eu estava muito chateada com isso, completamente arrependida por não ter colocado esse item no topo da lista, ao lado da fotografia. Pensei várias vezes que se pudesse voltar no tempo, teria feito tudo diferente. Mas era tarde demais pra pensar assim. No futuro eu não poderia rever as transformações no rosto do meu marido enquanto caminhava até ele. Não poderia rever minha entrada, os nossos votos, nossa primeira dança, a cara de orgulho e felicidade dos nossos pais... nada. Teríamos que nos contentar em ver tudo isso apenas pelas fotos. E pronto, nada mais. O jeito era me conformar. E foi isso o que eu tentei fazer. Afinal, pelo menos as fotos eu tinha certeza que seriam lindas! Mas a verdade é que o arrependimento estava escondido ali num cantinho.

Só que a vida é realmente uma caixinha de surpresas, como diria Joseph Climber! rs
E no dia anterior, pelas mãos da Aline Machado, a 3+1 Filmes entrou no nosso casamento. Ela me ligou dizendo que o Vinicius estaria livre naquele dia, e perguntou se poderia levá-lo para captar algumas imagens, só pra garantir que, no futuro, eu não ficaria triste por não ter nenhum registro em vídeo. E alguém duvida que eu disse SIM em capslock?!

No dia do casamento, logo no início do making of, lá estava o Vinícius. Sozinho, totalmente sem compromisso, filmando todos os momentos importantes daquele dia. Na verdade, o trabalho dele acabou sendo muito mais do que eu imaginava que seria. Como o restante da equipe estava comprometida em outro trabalho, imaginei que o Vinícius ficaria pouco tempo, pegaria algumas poucas cenas que fosse capaz, juntaria seus equipamentos e iria embora. E sabe-se lá se um dia eu teria a oportunidade de ver alguma daquelas imagens. Juro que não esperava tanto de uma pessoa que nem estava contratada para trabalhar no meu casamento. Me surpreendi demais vendo um super profissional, que ficou comigo no making of todo, foi para a cerimônia, ficou a festa inteira e fez tudo o que podia e o que não podia, mesmo com todas as limitações de estar sozinho, sem nenhuma ajuda, manipulando várias câmeras ao mesmo tempo, só pelo prazer de estar fazendo o que ama. Ele não conhecia à mim ou o meu marido, nunca tinha falado comigo, nunca tinha me visto na vida, e mesmo assim fez tudo isso pela gente. Se isso não foi um presente de Deus pra nós, uma mostra de que pessoas bacanas atraem pessoas bacanas, não sei mais o que pode ser...

É por isso que a gente  a 3+1! E é por isso que a gente  a Aline Machado!
Porque é graças à essas pessoas que o dia do nosso casamento foi eternizado. É graças à eles que, hoje, além das fotos, temos um vídeo de casamento. Um vídeo que para muitos pode não ser tecnicamente perfeito - por conta de todas as limitações que o Vinícius teve ao trabalhar sozinho, num casamento que apareceu, literalmente, no dia anterior -, mas que pra nós é a certeza de que o amor é a mola que faz circular a energia boa do mundo (via @drabowski).

O Vinícius não teve como contar com a ajuda de outras pessoas da equipe para captar o melhor som e os melhores ângulos desse casamento, simplesmente porque não teve tempo de se preparar para isso. Mas, de alguma maneira, se dividiu em vários e conseguiu fazer esse vídeo que, para nós, é o melhor vídeo de casamento que poderíamos ter. Um vídeo que é o resultado da união de uma pessoa muito querida, que não tinha a menor obrigação de estar alí, mas que estava feliz e bem humorado + a ajudadinha providencial de uma fotógrafa que foi muito mais do que profissional, mas uma verdadeira amiga + um casal que estava ali movido por nada mais do que muito amor e vontade de crescer juntos. 


Hoje, sou obrigada a me contradizer. Como bem disse Paulo Francis, "apenas os idiotas não se contradizem". Cada segundo do que vivemos nesse mundo serve pra nos mostrar o quanto podemos estar certos sobre algumas coisas, ou o quanto podemos estar errados, e ter uma chance de mudar de opinião. E eu mudei completamente a minha opinião sobre os vídeos de casamento. É importante, sim! Nunca conheci uma noiva que se arrependeu de ter tido um. Mas, pelo contrário, conheço várias que se arrependem por não ter! E se essas pessoas não tivessem sido tão incríveis comigo, eu certamente seria uma delas.

Por isso, e por todo o resto, todo o nosso amor pela 3+1 Filmes. Todo o nosso amor pela Aline Machado.
Sempre. Todos os dias. Eternamente. 


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Roupa suja se lava em casa

>> sexta-feira, 22 de julho de 2011


Certa vez uma amiga veio comentar comigo abismada, "nossa, nunca vi você e o Rafael discutindo", como se isso fosse uma coisa admirável. Pode até ser, mas não deveria. As pessoas deveriam se dar mais o direito de preservar sua intimidade. Já diz o ditado, roupa suja se lava em casa.

Por pensarmos assim, algumas pessoas tem a ideia errada de que o nosso casamento é perfeito. Desculpe desapontar, mas não somos perfeitos e estamos longe de ser. Nem sempre concordamos com tudo o que o outro pensa ou faz, mas não achamos que isso seja uma coisa ruim. Fomos criados de maneiras diferentes, por pessoas diferentes, com suas próprias visões das coisas. Portanto, é absolutamente normal que cada um tenha desenvolvido sua própria maneira de ver a vida, e não nos achamos no direito de forçar o outro a pensar como pensamos. O que fazemos é aproveitar os momentos de discordância pra tentar ver as coisas pela ótica do outro. Talvez esse seja o grande desafio de dividir a vida com alguém. E, acreditem, muitas vezes percebemos que nem sempre a nossa maneira de pensar é a mais correta.  Isso nos enriquece não só como casal, mas como pessoas, porque sempre é possível mudar para melhor.

Manter um casamento demanda um esforço diário, muitas vezes cansativo, mas imprescindível para quem deseja construir um relacionamento sólido, tijolo por tijolo, que vá além do dia da festa. E a gente encara com muito prazer, sem nunca abrir mão de que todos os nossos problemas sejam resolvidos apenas entre nós dois. Por respeito ao outro, à nossa história e, porque não, por respeito às pessoas ao nosso redor? Porque não existe nada mais desagradável do que forçar as pessoas a presenciar uma discussão de casal. É triste, indelicado e grosseiro.
O fato de não discutirmos na frente de outras pessoas não quer dizer, absolutamente, que sejamos um casal perfeito, que não discute nunca. Somos um casal normal, com todos os problemas inerentes ao fato de que não existe um manual que ensine a construir (e manter) um relacionamento feliz e saudável. Ninguém nunca nos viu discutir, realmente, pelo simples fato que nossos problemas são nossos, de mais ninguém. E se um dia alguém chegar a ver, é sinal de que tem alguma coisa muito errada nesse relacionamento, e talvez seja a hora de parar e pensar se estamos no caminho certo.

Uma coisa que nos deixa muito chocados é quando percebemos casais na mesma etapa da vida que nós estamos, que lavam suas roupas sujas na frente de qualquer pessoa. Como leitora assídua de blogs de noivas, já tive o desprazer de me deparar com posts lamentáveis, criticando a família do noivo, por exemplo. E eu fico pensando, como alguém tem a coragem de escrever um blog para criticar abertamente a família da pessoa com quem vai se casar em breve? Como pode uma pessoa expôr tanto as fraquezas da pessoa que ela diz amar, sem se preocupar se isso vai magoar à ele, ou as pessoas mais importantes da vida dele? Porque, não se engane, salvo alguns casos raríssimos, você nunca será mais importante na vida dele do que a sua sogra, por exemplo. Ela deu a vida à ele, criou, esteve presente nos momentos mais difíceis, quando você ainda nem sonhava em aparecer. A verdade é essa. O jeito é entender isso de uma vez por todas, se colocar no seu quadrado e aprender a viver com o fato de que você não é, nem pode ser, o centro da vida dele. O que te ajuda a evitar um dos maiores erros dos relacionamentos, na minha opinião: projetar no outro toda a responsabilidade pela sua felicidade. Isso não existe. A única pessoa responsável por te fazer feliz é você.

Apesar de escrever um blog contando detalhes do dia do nosso casamento, um momento tão íntimo das nossas vidas, fazemos muita questão de preservar a parte mais importante do nosso relacionamento: a nossa intimidade. Jamais você lerá nesse blog qualquer comentário que possa envergonhar, magoar ou desrespeitar meu marido ou a família dele, da mesma maneira que nossos amigos jamais assistiram ou assistirão uma cena de discussão entre nós dois. Isso é básico, trata-se de respeitar o outro. E nenhum relacionamento no mundo sobrevive sem respeito.

Não deveria ser admirável. Deveria ser básico.

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Meus votos

>> terça-feira, 12 de julho de 2011


Durante meses perturbei o Rafael por causa desses votos. Ele queria um único texto pra nós dois. E de preferência, o que todos os outros casais dizem, só pra facilitar. Não porque ele não se importasse, mas porque esse moço é muito, mas muito tímido. ;-)
Já eu sempre quis escrever meus próprios votos. Nunca me agradou a facilidade de dizer as palavras que todos os casais dizem, simplesmente porque todo casal é diferente, tem histórias diferentes, e por isso, na minha opinião, merecem votos diferentes.

Depois de muitas chantagens emocionais negociações, ficou decidido que escreveríamos nossos próprios votos. O grande problema foi que eu, que nessa vida sempre soube o que dizer e o que escrever, travei! Bem na hora de escrever meus votos! Quanto mais o dia se aproximava, mais travada eu ficava, e nada de sair uma única linha.

Uma semana antes do casamento, os votos dele estavam escritos. No dia do casamento, os meus ainda não estavam! Só depois de maquiada, vestida e pronta para casar, sentei e comecei a escrever. Vários papéis amassados pela suíte, e nada de sair um texto que expressasse 1/3 do que eu realmente queria dizer. O desespero era tanto, que cheguei a escrever um trecho da música "Vieste", do Ivan Lins, sei lá por que motivo... No final de tudo, eu tinha duas folhas (frente e verso!!) cheias de letras que eu não queria dizer, dobradas e guardadas na bolsa de uma das minhas irmãs. E fui me casar.

Na hora de dizer os votos, eu primeiro. Mas, surpreendentemente, nem cogitei ler aquelas páginas. Tudo o que eu queria dizer estava alí, gritando pra sair da boca. Nenhuma daquelas palavras escritas cabia naquele momento. Só de olhar para aquele homem na minha frente, sorrindo tão tímido, tão apaixonado, me fazia saber exatamente tudo o que precisava ser dito. Era pouca coisa, mas era a minha verdade, de todo o meu coração. E foi assim que eu disse os votos que nunca escrevi. :-)

Os votos estão aqui, nesse trailer que você já assistiu, e que eu não passo um único dia sem assistir:

Os votos do moço eu não posso publicar. Falta pouco pra rolar um sorteio entre os próximos noivos da família pra saber quem vai usar! rs

Trailer: 3+1 Filmes


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I carry your heart

>> terça-feira, 10 de maio de 2011


Já disse aqui o quanto a avó Tereza ficou emocionada com o convite para levar nossas alianças. Mas já dissemos o quanto eu e Rafa nos sentimos honrados por ela ter aceitado? Impossível mensurar!
Antes do casamento a gente sempre "viaja" tentando antecipar a emoção dos acontecimentos daquele dia. Imagina como será a entrada de cada integrante do cortejo, os votos, o beijo, a primeira dança... Sonhar com o dia do casamento é quase tão bom quanto casar mesmo. E de todos os momentos, o que a gente mais "viajava" imaginando era a entrada da avó com as alianças. Nas nossas cabeças, visualizamos várias vezes  como seria a entrada dela ao som de She. Para nós foi realmente uma honra enorme tê-la alí, com a missão de não apenas entregar as alianças, mas de homenagear todas as nossas outras avós que adorariam estar ao nosso lado naquele dia, testemunhando tudo. E, de verdade, foi um dos momentos mais emocionantes do casamento!

Um momento que por pouco não aconteceu.

Ok, eu explico: a avó Tereza mora em Guaratinguetá e desde o início estava combinado que, ao contrário do restante da família, que aproveitou para passar o feriado inteiro na cidade, ela iria para o Rio só no dia do casamento. Ela é uma senhora, tem sua própria rotina, seus costumes, manias, e para ela não parecia ser tão divertido assim passar quatro dias numa casa lotada de gente, quanto era para o restante da família. Pra nós, tudo bem. Afinal de contas, tudo o que queríamos era que ela fosse muito feliz naqueles dias, que curtisse o fato de estar participando daquilo tudo como uma parte realmente muito importante do todo. Então, da mesma maneira como ela ficou absolutamente livre para escolher que roupa usar, ficou livre para escolher também como e quando chegar. Só que, né?, dona Tereza é uma senhorinha muito da chique e decidiu chegar de jatinho. Muito chique!

Mas vocês lembram como foi o dia do meu casamento? Céu encoberto, São Pedro numa dúvida danada se mandava chuva ou não, e não tinha visibilidade suficiente pra vovó colocar o jatinho chiquetoso em ação. 
Conclusão: em cima da hora teve que ir de carro e pegou um trânsito danado. Crianças dentro do carro, trânsito parado, a hora do casamento chegando, mais trânsito em Laranjerias por causa de uma obra (o Casa Cor no meio do caminho foi um plus) e uma barreira no meio da Almirante Alexandrino que fez o motorista ter que dar a volta e tentar outro caminho. No meio dessa confusão toda, o cortejo do casamento já estava entrando. Uma das tias do Rafa ficava, por telefone, monitorando a chegada da vó. Entram pais, padrinhos, noivo, e todos se perguntando, cadê vó Tereza?, cadê vó Tereza? A noiva parecia ser a única que não fazia ideia de nada disso. Entrei, começou a cerimônia e nada da vó chegar!

E o que fazer se ela não aparecesse? Nada. Ninguém sabia o que fazer. Nem o noivo, juíza ou mesmo a cerimonialista saberiam o que fazer, simplesmente porque não havia um plano B para aquilo. Nunca cogitamos a possibilidade de ser outra pessoa a levar nossas alianças, e eu ficaria muito, muito triste se na  hora aparecesse qualquer outra pessoa que não fosse ela. Preferia que alguém do cerimonial chegasse discretamente por trás do altar, entregasse as alianças e saísse. Só que ninguém sabia disso, porque  ninguém avisou a noiva tudo o que estava acontecendo. Até porque, se tivessem avisado, eu JAMAIS teria entrado antes da chegada dela. Atrasaria tudo, mas não entraria!

Até que depois de muitas ligações, muitos monitoramentos via celular, muita correria no backstage, como num passe de mágica, exatamente na hora que a juíza (que também não estava sabendo do atraso) pediu para a avó entrar com as alianças, começa a música e para um carro em frente a entrada! Era a vó Tereza! Só deu tempo da cerimonialista abrir a porta do carro, entregar o pratinho com as alianças e dizer: vai vó, é a sua vez!
Ela, ainda meio confusa, tadinha, preocupada com o horário, pegou as alianças, respirou fundo e entrou linda, sorridente e emocionada, ao som de She, de Charles Aznavour:


Rafa e eu olhamos as fotos do relicário algumas vezes durante o trajeto dela. Beijamos as fotos das nossas avós, pensamos no quanto tínhamos certeza de que elas estavam presentes alí, torcendo por nós dois, abençoando nossa união, e foi difícil segurar a emoção... Os dois choramos, padrinhos choraram, tios, amigos, primos, todo mundo chorou. Sem dúvida, um dos momentos mais emocionantes do dia!
Ela veio com um sorriso tão lindo... Tão sincero e carinhoso. Foi realmente difícil segurar. Ainda me arrepio quando lembro e choro enquanto escrevo essas linhas.

E a vó virou a pop star do casamento! Todas as máquinas fotográficas se levantaram tentando buscar o melhor ângulo para fotografar a noiva avó. Sim, fez mais sucesso do que eu, fato! Logo eu que não quis nenhuma criança fofa no cortejo que desviasse toda a atenção de moi, perdi todos os olhares para uma senhorinha infinitas vezes mais fofa do que qualquer criança, com um pratinho de cerâmica na mão com o escrito em baixo relevo "I carry your heart".
Mas ela podia! :-)









"I carry your heart with me
(I carry it in my heart)
I am never without it
(Anywhere I go, you go, my dear;
and whatever is done
by only me is your doing, my darling)"
- e.e. cummings -


(Hoje seria aniversário da avó Izabel - a da esquerda. Saudade que não cabe em mim!)


Fotos: Aline Machado

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A Walk to Remember

>> sábado, 30 de abril de 2011

Nas semanas que antecedem meu aniversário sempre penso muito sobre as coisas que me aconteceram no último ano. Sabe quando chega o fim do ano e a gente repensa tudo, faz um balanço geral e escreve listas de coisas à fazer no ano que está começando? No meu aniversário é mais ou menos isso, só que sem as listas.

E o dia é hoje! 29 anos! E a única coisa que consigo me lembrar é de agradecer à Deus por tudo o que me aconteceu nos últimos meses. Todas as pessoas que entraram na minha vida, todos os momentos que vivi, todas as alegrias e todas as dificuldades também. Acredito muito que as coisas que a gente passa na vida, sejam elas boas ou ruins, servem pra nos transformar um pouco a cada dia na pessoa que devemos ser. E nesse último ano aconteceu muita coisa. Aprendi muito, muito mesmo.

Quando eu me pergunto qual foi o momento dos meus 28 anos que jamais esquecerei, a primeira cena que vem à minha cabeça é essa:










Esse foi o momento mais feliz dos meus 28 anos. O momento mais feliz da minha vida.
E a música que marcou esse momento inesquecível foi:


Lembro de sentir uma responsabilidade muito grande e, ao mesmo tempo, uma segurança enorme de que tudo daria certo. Simplesmente porque não importava o que viria pela frente. A única coisa que realmente importa é que daquele momento em diante, tudo ficou diferente pra mim. Todos os meus dias, os bons e os ruins, passaram a ser divididos com aquela pessoa que me esperava no altar e que, mesmo sem querer, faz o meu mundo um lugar muito mais bonito, muito mais colorido, diariamente. Eu amo muito esse homem, no matter what! :-)

Fotos: você já sabe, né? São da fotógrafa mais linda dessa vida, Aline Machado

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Nosso casamento na revista Noivas Rio de Janeiro

>> segunda-feira, 18 de abril de 2011

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Hoje recebi em casa meu exemplar da revista Noivas Rio de Janeiro | Edição Outono 2011.
E quando abro a página 84... tchan, tchan, tchan, tchaaannnn!!!
Nosso casamento abre a matéria especial sobre minicasamentos, com fotos lindas da Aline Machado!


O casamento que planejamos com tanto carinho em todos os mínimos detalhes, numa matéria linda de uma revista que amamos! Não poderia estar mais feliz! :-)

Beijos!

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Como emocionar mamãe?

>> quarta-feira, 6 de abril de 2011


Depois de passados 25% do ano, vamos começar 2011 nesse blog, né? Chega de tanta negligência! Tem muito casamento ainda pra contar, e eu juro que não esqueci nenhum detalhe. E como poderia? Foi tanta emoção que acho que não serei capaz de esquecer jamais! Justamente por isso, dei uma empacada bem na hora de escrever sobre a minha entrada. É tão difícil escolher as palavras certas pra descrever aquele momento...

Mas enquanto as palavras não chegam, acontece o seguinte: mamãe vem à São Paulo pela primeira vez na Semana Santa, especialmente para me visitar, claro! Vai passar alguns dias na minha casinha nova. Tudo bem que a casa já nem é mais tão nova... Dia 04 de maio completo 1 ano em São Paulo! Como passou rápido! E quem diria, existe vida fora do Rio de Janeiro!

Bom, com a vinda de mamis pra cá, fato que precisava pensar em alguma maneira de fazer a fofa chorar - de alegria, óbvio! E aí que estava eu no twitter bem na hora que a Operti postou as sobrinhas de uma pesquisa de trilha sonora para um vídeo, e no meio dessas "sobras", me deparo com uma música que eu adoro! No exato momento que comecei a ouvir a música, veio o estalo. Já sei como fazer mamis chorar enquanto o vídeo não chega: fiz um slideshow com fotos do casório, abreviando a história do dia!


Só que o feitiço virou contra o feiticeiro. Se mamãe vai se emocionar, não sei. Mas eu já perdi as contas de quantos baldes chorei assistindo à esse slideshow...rs

P.S.: a expressão emocionada do meu sogro, alí por volta de 1:19 é das coisas mais lindas de ver nessa vida!

No próximo post conto como foi a minha entrada ao som de Can't Help Falling in Love! :-)

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Comme des Enfants

>> terça-feira, 5 de abril de 2011

Que me desculpem os incrédulos, as pessoas sem fé na vida e nas pessoas, mas não existe nada melhor nesse mundo do que amar!

Já já a gente volta pra continuar esse casamento! :-)

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Noivas Online