O primeiro dia em SP

>> sexta-feira, 28 de maio de 2010

Depois de um longo período meio desligada do mundo virtual, voltei. Estou em SP há alguns dias, mas só essa semana a Net nos deu o ar da sua graça e instalou minha tv, telefone e internet. E durante esses dias sem Net eu fiquei me perguntando como uma pessoa consegue viver sem banda larga e tv à cabo? Telefone eu até que nem senti tanta falta, mas o resto, nossa, é deprimente...

Bem, resumindo, estou sobrevivendo à mudança. E muito melhor do que imaginava, sabiam? Só chorei no primeiro dia. Quero dizer, chorei na terça-feira passada também. Achei que fosse por causa da mudança, mas não era. Era TPM mesmo e já passou!

Só fiquei mal no primeiro dia porque foi dose, um dia muito difícil. Primeiro, meu voo atrasou 1 hora. Quando cheguei em SP fui lá naquelas cabines de táxi do Congonhas e pedi um carro pra me levar pra casa. Paguei R$ 29,00 só pro motorista andar 300m, virar à direita e me deixar em casa. Isso porque a bonitona aqui não sabia que era só atravessar a rua que dava pra chamar um táxi comum com taxímetro. My bad.

Chegando em casa, aquele monte de caixas empilhadas. O bom foi que os rapazes que fizeram a mudança foram super bacanas, e mesmo sem ter ninguém em casa para coordenar a chegada deles, colocaram todas as caixas nos cômodos certos, seguindo a descrição que coloquei nas caixas. Tá vendo só como organizar as caias direitinho ajuda muito? Dá um pouco mais de trabalho, mas é bom saber exatamente onde achar o que você precisa depois da mudança. :)

No mesmo dia fui encontrar o Rafa na casa do tio dele, onde ficamos por alguns dias, até que minha luz estivesse ligada e os presentes que ganhamos chegassem. Porque não tem como viver num apartamento sem luz, gás, geladeira e fogão, tem?
Bem, foi aí que começou meu inferno de verdade. Como, à princípio, eu chegaria em SP cedo, meu plano era chegar na nossa casinha, trocar minhas malonas por uma mala pequena e ir para a casa do tio dele sozinha.  Só que nós tínhamos combinado que, talvez, ele passasse em casa para me buscar, e ficamos de confirmar quando eu chegasse à SP, por telefone. E foi esse talvez que atrapalhou tudo porque nenhum dos dois sabia direito o que fazer.

Quando cheguei em casa, eu já sabia que ainda estava sem telefone, mas não sabia que estava sem luz. E como o Rafa só chegaria do trabalho às 8h da noite, eu fiquei pensando, o que eu vou fazer aqui sem luz até ele chegar? Tentei ligar para ele dizendo que era melhor nos encontrarmos na casa do tio dele, mas o meu celular estava sem serviço (obrigada, Oi!). Tentei ligar de um orelhão, mas o celular dele também estava sem serviço (obrigada, Claro!). E como eu não tinha certeza se ele me encontraria em casa, ou não, muito espertamente me considerei  A entendida de SP e fui pra casa do tio dele sozinha, à noite.

Já fiz cagada na entrada do Metrô. Entrei numa fila mega gigante pra comprar o bilhete, perdi mais ou menos uns 15 minutos, e quando cheguei no guichê descobri que era a fila do Bilhete Único. Como eu não sabia pra que servia, ou como funcionava (se era só chegar e comprar, e tal), pedi desculpa, abstraí aquele monte de gente atrás de mim fazendo cara feia por eu ter emperrado a fila, e saí. O pior é que o guichê certo era em frente, e não tinha fila nenhuma desde que eu pisei no Metrô! Parece que todo mundo aqui usa esse tal de Bilhete Único. 

Comprei o bilhete, passei na catraca, quase fui esmagada por uma multidão de gente e peguei meu trem. Eu e minha mala da semana. E quase que não entro porque o povo aqui é apressadinho, né? Consegui entrar, sentei, relaxei.... só pra descobrir que peguei o sentido contrário e fui parar lá no Jabaquara, quando deveria ir sentido Tucuruvi pra fazer a "baldeação" pra linha verde. Perdi uns 20 minutos nessa brincadeira. Já comecei a ficar puta, me sentir idiota, muito pequena nessa cidade tão grande. Enfim, me senti uma caipira legítima!

Desci e peguei o sentido certo dessa vez. Mais uns 30 minutos até chegar no Paraíso, onde é feita a troca da linha azul para a verde. Burra, burra, burra de novo, simplesmente atravessei a plataforma e peguei o trem indo no sentido contrário de novo! Não fazia a menor idéia que tinha que subir escada rolante, descer escada rolante e só então chegar na tal da linha verde! Nem na Europa eu pago esses micos, porque lá eu leio os mapas! Mas, estando no Brasil, me achei a esperta, né?

Depois que consegui achar o trem indo na direção que eu precisava, já estava num nível de estresse tão grande que eu juro que se pudesse teria voltado pro aeroporto e pego um avião pro Rio!
De repente me aparece uma mulher passando mal dentro do metrô. Todo mundo em volta dela, amparando, chamando guarda pra ajudar, o metrô lotado e eu surtando, porque tenho pânico de pessoas passando mal na minha frente. É um trauma meu, não sei de onde vem. Simplesmente não consigo ajudar, não consigo ficar perto, nada. Surto de verdade! Aí, óbvio que desci na estação seguinte e esperei o próximo trem. Mais uns 10 minutos nessa brincadeira.

Consegui chegar na Consolação, que era onde eu tinha que descer. Nem acreditei que tinha sobrevivido! rs
Desci a Augusta. À essa altura, já era bem noite. No meio do caminho apareceu um menino de rua, olhou pra minha cara, olhou pra minha bolsa e perguntou, tia, tem um trocado aí? Eu falei que não. Aí ele falou, e se eu olhar na sua bolsa e achar? Gente, eu juro, me deu um negócio, saí correndo pela Augusta igual uma louca. A mala virada ao contrário, prendendo nos buracos, e eu igual uma retardada ia puxando a mala, enquanto ela arrastava no chão! Quase atropelei um buldogue inglês que resolveu deitar pra descansar no meio da calçada. Um caos! hahahaha. Tive que parar num sinal. Olhei pra trás e vi que o moleque estava no mesmo lugar, parado, me olhando. Devia estar com medo de mim, provavelmente....

Quando eu cheguei na casa do tio do Rafa ele estava lá me esperando. Tadinho, todo preocupado. porque não sabia o que fazer. Ele tinha ligado pro apartamento do zelador do nosso prédio pra saber se eu estava esperando por ele. Depois que ele ficou sabendo que eu não estava mais em casa, achou melhor ir pra casa do tio e me esperar lá. E eu cheguei quase 2 horas depois, chorando igual uma louca, dizendo que ou  a gente comprava um carro, ou eu voltaria pro Rio, que estava me sentindo uma caipira que não sabia nem comprar um bilhete de metrô, quanto mais trocar de linha. 

Foi tenso. Mas, já passou. Desde esse primeiro episódio, nunca mais me perdi. Não me sinto mais tão pequena no meio desse lugar tão grande, tão diferente do meu Leblon (ah, saudade do Leblon...). Não tenho mais tanta vergonha do meu sotaque de carioca. Não me sinto mais a ET, verde de anteninha, achando que todo mundo sabe que eu não sou daqui só de me olhar. Já consigo circular no metrô, trocar de linha direitinho, chego em todos os lugares onde tenho que chegar sem problemas....rs. E, quer saber do que mais? Eu não sou obrigada a saber tudo. Cheguei aqui no outro dia! Se eu fico na dúvida, se tenho medo de me perder, ah, vai tomar banho, desço onde estiver e chamo um táxi!

O post foi longo, eu sei... Mas, não tinha como voltar ao blog sem antes contar a primeira experiência morando no meio desse caos, tinha? Então, pra quem está chegando agora em SP, fica a dica: leia os mapas do Metrô e compre um celular com GPS!
:)

P.S.: Não adianta dar bom dia pro cara do guichê, né? Ele ignora a gente... No início eu ficava mal com isso, agora eu decide que vou continuar sendo educada, e se ele não quiser ser, problema dele!

P.S.2: Faltam 100 dias pro casório!

Bjs,

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Mudar é um saco!

>> terça-feira, 11 de maio de 2010

O título não é novidade para ninguém, não é? Todo mundo que muda de casa faz o mesmo comentário. Nem vou citar o agravante de ser uma mudança de Estado, porque ficaria horas aqui despejando minhas lamúrias. Mas, até que a administradora do meu apartamento antigo está me ajudando bastante na tarefa de não sentir saudades do lar velho.

Hoje mesmo recebi um email dela dizendo que o gás não está ligado. Oi? Como pode não estar ligado se todas as contas estão pagas? Girar a trava de proteção do gás para onde diz "ligado" ajuda, né não?
Disse também que o aquecedor do banheiro não está funcionando. Oi? Trocar aquela bomba de água com 10 anos de vida que aciona o aquecedor automaticamente e parou de funcionar porque está muito velha ajuda também, hein. Passei aaaanos alertando a administração do apartamento sobre esse problema e ninguém nunca resolveu. Agora querem que eu desembolse R$ 1.200,00 pra pagar um prejuízo que não é meu? Nem pensar. Me processa, então, e vamos ver quem ganha!

Vieram me dizer também que o tanque está entupido. Desconheço esse entupimento. Porque não me disseram nenhuma dessas coisas na hora que vistoriaram o apartamento na minha presença? E outra, quanto custa a hora de um bombeiro, R$ 50,00? Pô, paga e me manda a conta, então! Eu preciso ir até lá ver de perto? Mas que coisa!

Enfim, esses "amigos" estão ajudando bastante a superar a falta do Leblon!

Por outro lado, o apartamento de SP é um negócio de fofo! Todo reformado, piso de parquet bem cuidado, elétrica e hidráulica novos, uma perfeição. Tivemos até uma surpresa muito agradável quando entramos no apartamento pela primeira vez depois de alugado e descobrimos que a proprietária havia substituído a bancada de mármore antiga da cozinha, por uma bancada de granito preto, novo em folha! Preciso dizer que adorei? 

O próprio pessoal que levou a mudança se encarregou de distribuir os móveis e caixas nos cômodos certos, com a ajuda das descrições que coloquei em cada caixa, claro! O carregador até me elogiou, dizendo que nunca havia feito uma mudança tão organizada...rs.

Comecei a arrumação pela cozinha (que é a minha parte preferida!), mas tive que parar porque, ah, o refrigerador e o fogão ainda não foram entregues, então metade da graça foi perdida, né? Pelo mesmo motivo ainda não estamos morando no apartamento. E também porque a Net (ai, meu paizinho, sempre a Net...) ainda não conseguiu transferir meu sinal de tv à cabo, telefone e internet. E como é que uma pessoa vive sem tv à cabo no Brasil? Vendo Luciana Gimenez depois da novela? Não dá, né?
E como é que uma blogueira vive sem internet banda larga? Também não dá, né?

Mas, o bom é que até agora estou sobrevivendo à mudança! Deixei os preparativos do casório um pouco de lado porque, sinceramente, é impossível lidar com tudo isso ao mesmo tempo. Mas, o que mais me aflige de verdade, é ter que deixar os preparativos da festa do outros um pouco de lado também. Nem durmo direito com isso. Mas, todos foram avisados que esse período de readaptação seria difícil e concordaram com a breve pausa. Agora é se preparar para colocar a vida em ordem e voltar com tudo no início do mês que vem!

Mudar é um saco. Mas encaro numa boa, e anseio pelo primeiro dia de uma vida inteira dormindo e acordando juntos. 
Amém.

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