Becoming a bride - Parte II

Quando a Aline me disse que já era hora de começar a me vestir, avisou que a ficha começaria a cair alí. Todos à postos com suas câmeras, irmãs em volta suspirando e mamãe me ajudando a pegar o vestidón. Muitas, muitas fotos daquele momento! De todos os ângulos! Me senti como a única noiva do mundo casando naquele dia.

Meu vestido era  meu sonho de noiva materializado! Sempre achei point d'esprit muito chique e delicado. E a Carol deu uma leveza, um balanço... Camadas e camadas de tule deram à ele uma roda que vocês não acreditam! Meu passatempo predileto era rodapiar com o vestido! rs
A cada prova eu suspirava de alegria! Na penúltima, decidimos trocar as flores das costas por um laço que não era laço, com cinco pontas. E só pra dar um charme, Carol me propôs prendê-lo meio tortinho, com uma das pontas virada pra cima. Deixei a Carol fazer tudo o que queria no meu vestido! Confiei muio nela.

No dia que a gente pega o vestido no atelier ela sempre pede pra vestir, só pra ver se está tudo ok mesmo. Nessa hora ela chama todas as mulheres do atelier pra assistir, e a gente desfila com ele pra elas verem. É tão gostoso! A gente sente a primeira impressão que as pessoas terão do vestido de noiva alí. Teve uma que disse, "meu Deus.... é uma criança!" hahahaha

Nunca desejei ser uma noiva sexy. Nada contra os vestidos tipo sereia, mas não combinam nada com a minha personalidade. Penso que tenho a vida toda pra tentar ser sexy, e o dia do meu casamento não era um deles. 

Ontem, o único comentário malcriado que recebi aqui, no meio de tantos recados lindos, foi de um comentarista anônimo dizendo que noiva tatuada é cafona. Mas você sabe o que é ser cafona? Ser cafona é tentar ser alguém que você não é. Por isso fiz questão de não esconder minhas tatuagens. Todas elas foram feitas para marcar momentos importantes da minha vida, todas tem significado especial pra mim. E escondê-las debaixo do vestido não fazia parte dos meus planos. Mostrei mesmo, e o fiz com o maior orgulho de ser como sou. :-)

No hotel o vestido ficou o tempo todo pendurado num cabide lindo, gentilmente cedido pela Jackie. Já tinha meu something blue, mas precisava do something borrowed. E como o casamento dela, um mês antes do meu, tinha sido o maior sucesso, a maior emoção, peguei o cabide emprestado, só por precaução. Vai quê... né?

Bem que a Aline me avisou! Quando comecei a me vestir a ficha começou a cair mesmo! Deu um nervosinho...rs. Mas um nervosinho muuuuito gostoso! Se vocês acham emocionante provar o vestido antes do casamento, esperem até o grande dia! É um negócio inexplicável!

Mamãe me ajudou a vestir pra não bagunçar o penteado. E também porque, né?, tinha que ser ela! Sabia que renderia fotos bonitas. Sabia que no futuro eu gostaria de ter feito assim. E sabia que ela ficaria emocionada. A felicidade dela enquanto me ajudava era uma coisa de preencher todos os espaços! Mamãe é a mulher mais linda do mundo! Meu coração parou de bater uns 3 segundos só de olhar ela alí, toda feliz.

 

Devidamente vestida, sapato calçado, pérolas colocadas na orelha e Chanel nº5 borrifado, era hora das fotos pelo hotel! As meninas continuaram a se arrumar na suíte e eu segui com equipe de foto e filmagem.

 

Um detalhe: a primeira coisa que reparei quando peguei a "chave" foi o número da suíte! Número 7. O número da perfeição. Tinha como ficar nervosa? Era mais uma prova que tudo daria certo, que o dia seria perfeito! :-)

Mais no próximo post.