E não é que eu achei meu vestido?

(Preparem-se porque esse será um post daqueles: GRANDE!)

Fevereiro foi o mês das crises. Crise no décor, crise financeira, na mudança e crise do vestido! Ainda por cima com carnaval no meio, ai que desgosto... Que bom que é o mês mais curto do ano. Passou!

Entrei em pânico quando percebi que faltava apenas seis meses para o casamento e eu ainda nem pensava no meu vestido de noiva. É claro que eu já fazia alguma idéia do tipo de noiva que eu sou. Mas é que eu gosto de tanta coisa diferente, que simplesmente não via a menor possibilidade de me decidir por um vestido, apenas. E, também, confesso, o assunto vestido de noiva me dá uma preguiça... Queria tanto entrar numa loja, amar um vestido, mandar embrulhar e levar pra casa... Mas falhei, não consegui.

E depois que me sugeriram procurar um vestido na rua das noivas, em SP, aí, meu bem, a crise virou pânico! Porque quem me conhece um tiquinho assim que seja, sabe que rua das noivas e Michele são duas coisas que não combinam, né fia?

Parti em busca de inspiração nas revistas de noiva. E confesso também que a moda noivística da maioria delas não me chamou a atenção. Pelo contrário, vi umas coisas que só Jesus na vida daquelas noivas (leia-se: só Jesus na vida de Mônica Carvalho e Daniela Escobar). Resolvi aceitar as dicas de algumas outras noivas e procurei duas estilistas que eu gosto muito: Carol Hungria e Marta Macedo (Martu). 

Primeiro foi a vez de encontrar a Carol. Ela desenhou um vestido lindo pra mim, gente, fiquei encantada. Saí de lá com a certeza do que eu queria. Aí, quando cheguei em casa, não resisti e contei para o noivo. Não adianta, eu não consigo esconder nada dele. Principalmente um "detalhe" tão importante quanto O vestido! Contei tudo. E ele me deu um puxão de orelha. Disse que eu falo o tempo inteiro sobre vestido de noiva na altura do joelho, que se fechasse um vestido longo me arrependeria depois, etc, etc. Fiquei alguns dias com aquilo na cabeça, e não é que ele tinha razão? Me irrita um pouco que ele às vezes me conheça melhor do que eu. Mas nesse caso, foi bom ele ter dado seus pitacos... Além disso, O vestido seria inteiro de renda renascença (que amo, amo, amo), e eu precisaria quase ficar cega de um olho para pagar por ele. Não que não valesse à pena, hein. Valeria muito à pena, porque ele era divino! Mas, a idéia de me casar de óculos escuros não me agrada muito. Mandei um e-mail para a Carol dizendo que o vestido era lindo, mas não era exatamente o que eu sempre sonhei, e também não cabia no meu bolso. Marcamos outra reunião para pensar numa segunda opção. 

Eu já tinha uma certezinha dentro de mim dizendo que eu queria mesmo era fechar com a Carol. Mas, como já tinha marcado com a Marta, não quis dar uma de furona e nesse meio tempo fui conversar com ela. Antes de falar qualquer coisa, vou abrir um parêntese...

(eu não gostei de ter recebido o orçamento do meu vestido por telefone, antes mesmo de ter me encontrado com ela. É, exatamente! No dia que liguei para marcar nosso primeiro encontro, a atendente já foi logo dizendo o preço do meu vestido, sem a estilista nem imaginar o que eu queria, sem nunca ter me visto na vida, assim por telefone, como seu eu estivesse encomendando o jantar! Achei falta de tato, não gostei mesmo. Prontofalei.)

Fecha parênteses.

Apesar de já estar com uma certa má vontade com o atelier, fui. Chegando lá, amei os vestidos da Marta. Um daqueles que ficam expostos nas araras, pra mim, já funcionariam! A Marta é um luxo, simpaticíssima! Conversamos um pouco e ela me fez um desenho. LINDO! O mais engraçado é que a diferença entre o vestido que ela desenhou e o vestido da Carol era um detalhe de nada na saia. Só. Eram realmente muito parecidos. Eu, louca que só, já entrei em crise, né? Comecei a achar que se duas estilistas que não sabiam da existência uma da outra na minha vida, me desenharam vestidos tão parecidos, só podia ser um sinal de que elas estavam certas! Conclusão: mais alguns dias surtando à respeito. Porque, à essa altura do campeonato, eu já tinha aceitado felicíssima a sugestão do noivo de fazer o vestido como sempre quis desde o início: no joelho.

Encontrei a Carol de novo e conversamos mais uma vez sobre as coisas que eu gosto, ela me fez outro desenho (dessa vez no joelho) e achamos uma solução para diminuir o valor do vestido: ao invés da Renascença, point d'esprit - que eu também amo de paixão! Pronto, deifnido!

Foi ótimo conhecer a Carol Hungria! Super fofa, atenciosa, sensível, passa muita segurança quando explica tudo, coisa de quem realmente sabe o que está fazendo, sabe? E visitar outra estilista antes de tomar minha decisão também foi uma escolha muito acertada. Porque agora que eu entendi que o vestido de noiva é importante (risos), acho que não adianta simplesmente escolher um desenho bárbaro. Tem que rolar uma  sintonia entre a noiva e o estilista. Senão, não acredito que dê certo. E com a Carol, tudo fluiu naturalmente. Simplesmente, adorei! Sinto segurança para dizer tudo o que eu espero do meu vestido e as coisas que a gente pode adaptar pra ficar mais a minha cara, sem me sentir ridícula ou que estou me metendo o bedelho no trabalho dos outros.

Bom, esse post enorme era só pra dizer que, enfim, fechei meu vestido! Com a Carol Hungria!

Não vou mais precisar visitar a rua das noivas... êeeee!!

Tiramos as medidas hoje e a primeira prova é no dia 27/04, três dias antes do meu aniversário. Belíssimo presente!

I can't wait!