Confesso que no ínício senti uma ponta de timidez. Pensei que as pessoas me achariam A EXIBIDA tirando fotos pelo hotel. Mas aí, enquanto você vai caminhando e todo mundo se vira pra ver a noiva, dá um orgulho de ser você! As pessoas me sorriam um sorriso tão sincero que eu acreditei nelas.
Tiramos algumas fotos na escadaria que fica na recepção, sempre rodando o vestidón! Vê se eu perderia a oportunidade... Subia e descia aquelas escadas me sentindo linda, a noiva mais feliz do mundo, a mulher mais amada de todas, e não conseguia deixar de pensar que dalí alguns minutos eu estaria caminhando pra um futuro ao lado da pessoa que eu não verdadeiramente escolhi, mas pela qual me deixei ser escolhida. Porque, gente, foi isso o que aconteceu. Ele olhou pra mim através do vidro daquela boate e disse, eu quero ela pra mim. Não tive outra escolha, senão me deixar tomar... O menino era tão decidido!
A equipe vinha atrás de mim enquanto eu caminhava em direção à piscina do hotel. Eu andava naquele caminho lentamente (pra render muitas fotos! Sou besta? rs).
E foi alí que aconteceu a foto que eu mais gosto desse making of:
Gente, estou muito apaixonada pela
Aline! A gente até falou algumas vezes sobre como eu gostaria das minhas fotos, mas foram poucas, e eu nunca imaginei que ela me entenderia tão bem!
Bem, depois fomos até a psicina, rodopiei mais algumas boas vezes alí pelo deck, sentei na day's bed externa, subi e desci as escadinhas de ladrilho hidraúlico, e quando olhei para o lado, ví que as pessoas de dentro do restaurante Terèze me olhavam. Nessa hora o Narciso que mora dentro de mim despertou...rs. Sorri, fiz pose de pernas, com as mãos, fui muito noiva! Tomei o dia pra mim e incorporei! Meu 06 de setembro!
Depois disso, eu e equipe voltamos para o quarto. Eles juntaram seus equipamentos e foram para a Casa de Santa Teresa fotografar noivo e decoração. A Aline recebeu a missão de entregar o pratinho de cerâmica e as alianças para a cerimonialista e fiquei tranquila com isso.
Agora, éramos somente eu e as meninas. Ajudei minhas meninas a se vestirem, confirmei o horário do carro que tinha reservado no hotel (não, eu não aluguei "carro de noiva". Só lembrei que precisava disso no dia anterior e pedi o do hotel mesmo), aumentei um pouco o som da tv - nesse momento, muito mais pra acalmar as meninas do que à mim mesma...rs - e pedi um chá hortelã com limão só pra garantir.
Os padrinhos do lado do noivo já estavam na casa ajudando o Rafa a se arrumar, e eu morri de rir com um torpedo de um deles, uma das pessoas mais queridas que eu conheço no mundo, dizendo, "olha, obrigada pelas loiras que você mandou para o striptease! O negócio tá ótimo aqui!" hahahaha. Fiquei feliz porque sabia que o noivo estava em boas mãos. O Dani é como um irmão pra ele, e eu tinha certeza que tê-lo alí o deixaria calmo e feliz. E se alguém faz meu noivo marido feliz, me faz feliz também.
Sentei pra escrever meus votos, finalmente, mas não saia nada muito bom. Não era nada daquilo que eu queria dizer. Travei. Esse foi o momento que fiquei mais nervosa! Perturbei tanto o Rafael pra escrever os votos dele! No final, ele tinha escrito, e eu não conseguia escrever os meus, menos de uma hora antes da cerimônia.
Acabei escrevendo tudo aquilo que não queria dizer num pedaço de papel e dei para a minha irmã mais velha levar na bolsa dela. Na hora da cerimônia pegaria com ela.
Liguei para a cerimonialista e disse que estava pronta e indo para a casa. Ela quase teve um surto...rs. Me disse, pelo amor de Deus não venha! Está muito cedo! E o noivo está aqui no quarto da noiva com os padrinhos. Você vai ficar aonde esperando a hora do casamento?
Oi? Já estava pronta havia horas! Se ficasse mais 2 minutos naquela suíte começaria a ficar nervosa. Mandei expulsar todo mundo do quarto porque eu, definitivamente, estava indo pra lá! Prometí ser pontual e seria.
O caminho do hotel até a casa leva uns 10 minutos. O meu, na minha cabeça, levou umas duas horas. Mamãe foi queitinha na frente e as irmãs comigo atrás, falando pelos cotovelos. As três nervosas. Eu, calma.
Lembro que segurava meu relicário com força. Abria, olhava as fotos das avós, beijava, pedia que elas, por favor, estivessem lá, que aquilo tudo era pra elas, e fui ficando muito emocionada! Senti uma lágrima descer.
Lembro também que pensei no meu cachorro. Não sei porque. Só sei que pude até sentir o cheirinho gostoso que ele tem depois do banho...rs
Minhas irmãs me olhavam com olhos tão doces... Diziam que me amavam, que estavam contentes, que eu seria feliz. Falaram o quanto queriam que nossa avó Izabel estivesse lá. E eu disse que ela estaria. Foi um dos momentos mais emocionantes do dia inteiro.
Chegamos na casa! Fui para o quarto da noiva, vi alguns presentes que tinham sido entregues lá, espiei pela porta de vidro e vi o noivo. Lindooooooooooooo! O homem mais lindo desse mundo!
Me emociono ao lembrar do momento que meu pai entrou no quarto e me abraçou. Alguém me entregou minha rosa amarela. Não lembro quem foi.
Gente, estou sendo muito clichê, mas era o dia mais perfeito de todos os dias que já vivi. Casem, por favor!! Mas casem com alguém que amem de verdade e exiga a companhia das pessoas mais importantes da sua vida! A sensação é inexplicável! Todo o resto é só resto!
Pra mim, meu dia foi perfeito. Mas não foi perfeito porque deu tudo absolutamente certo. Apesar das promessas que 2 ou 3 leitoras do blog e suas mães fizeram à Santa Clara, choveu, e a cerimônia teve que ser deslocada pra debaixo do toldo. Os pais do noivo e alguns outros convidados atrasaram por causa do trânsito. A música de introdução tocou duas vezes enquanto a cerimonialista tentava organizar pais e padrinhos para o cortejo. Outras coisinhas inesperadas aconteceram. Mas nada daquilo fez a menor diferença! Não fez diferença porque o mais importante a gente tinha alí: muito amor e calor humano com a presença dos nossos queridos. Pense nisso enquanto estiver organizando o seu casamento.
Por razões muito particulares que dizem respeito à avó Izabel, e que somente algumas poucas pessoas conhecem (leia-se: noivas de Sta. e
Jane) essa música não saía da minha cabeça enquanto vivia esses momentos anteriores à cerimônia:
Eu sei que mais uma vez posso estar sendo muito piegas. Mas o que eu posso fazer? Lembranças, lembranças... Elas me perseguem. Tudo isso faz muito sentido pra mim. :-)
E a cerimônia vem no próximo post.
♥♥♥
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